O post it
é agora um dos meus melhores amigos. Para as pessoas menos familiarizadas
com esta palavra, o post it é um pequeno papel, normalmente colorido,
com uma cola adesiva no verso e que serve para escrever lembretes. É como uma
agenda cortada aos bocadinhos e sem data. A minha secretária está cheia desses
papéis coloridos, a lembrar-me que é preciso ir à farmácia, pagar o seguro do
carro, renovar a carta de condução, recordar as datas das consultas ou mesmo
lembrar a data de aniversário de um familiar ou amigo.
Apesar das
agendas telefónicas, eu continuo a usar o post it, até porque dá um
aspecto "folclórico" à minha secretária e mesmo ao monitor do
meu computador.
De qualquer
maneira, também aderi às novas tecnologias e quando preciso de fazer uma
consulta ou recordar um nome que foi apagado da minha memória, posso recorrer
ao google, que anda sempre comigo no bolso. É uma preciosa ajuda para
quem quer disfarçar o "apagão" repentino que de vez em quando nos
deixa ficar mal.
Li há dias
no Correio da Manhã que o Governo quer controlar a despesa com
medicamentos nos hospitais. Diz a notícia que o Ministério da Saúde vai
penalizar os hospitais que prescreverem mais medicamentos que em 2013.
Não é
preocupante? Como todos sabemos, à medida que envelhecemos, as necessidades de
medicação aumentam, isto numa altura em que a austeridade é cada vez mais dura
com os reformados e pensionistas deste país. Será que esta política de
contração de despesa irá trazer consequências graves para aqueles que não podem
interromper a sua medicação? Tenho ouvido notícias aterradoras sobre a
prescrição de novos medicamentos e sobre o tempo de espera para efectuar uma
simples colonoscopia. Não é a doença em si que me preocupa. O que me inquieta
são os casos reais com que deparamos no dia a dia, enquanto o Ministério da
Saúde diz que está tudo bem.
Estas
notícias deixam-nos ainda mais depressivo e não há sertralina que resista.
Felizmente que no nosso dia a dia, vamos tendo também boas notícias que nos dão
o ânimo necessário, para nem sequer nos lembrarmos que estamos doentes.
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