“Uma vacina contra a doença de
Alzheimer, desenvolvida por uma empresa biotecnológica com sede em Saragoça
(Espanha), começou a ser testada em seres humanos em Janeiro último, ensaios
clínicos que envolvem 24 pacientes. O foco desta etapa, que irá durar cerca de
um ano e meio, será analisar a toxidade da vacina e não a sua eficácia,
explicou o Director científico, que se escusou a estabelecer uma data concreta
para a conclusão da vacina,” (in Diário
de Notícias de 26 d e Fevereiro de 2014).
Esta é mais uma notícia, igual a
tantas outras, que têm dado esperança aos portadores da doença de Alzheimer,
que lhes cria a esperança de um dia poderem vir a ser curados, mas trata-se
apenas de estudos, como tem acontecido já por várias vezes. Mas é uma esperança.
E a esperança é ainda muito maior, quando nós sabemos que podem ser os nossos
filhos a beneficiar destes estudos, que o legado que nós lhe deixamos, por via
da hereditariedade, possa vir a ser tratado, ou até mesmo evitado.
Também foi publicado na imprensa
nacional a notícia que, através de um vulgar análise sanguínea, poderá
detectar-se a existência da Doença de Alzheimer. Os estudos são também
preliminares, mas mesmo que essa detecção seja possível a curto prazo, os
cientistas acham que não será justo colocar esse exame no mercado, sem que primeiro
se descubra a cura da doença.
Tenho andado um pouco taciturno,
algo desmotivado, meio deprimido. As razões não são claras, é daquelas coisas
que a gente não sabe explicar. Cá em casa repararam, como não podia deixar de
ser. E o que aconteceu?
A família e uns amigos resolveram
convidar-me para uma festa de Carnaval, para me fazer reagir, embora eu não
goste nada de carnavais. Toda a vida senti alguma aversão pelas folias
carnavalescas. Confesso que não me divirto muito com aquela folia e muito menos
aprecio disfarçar-me ou colocar uma máscara que preserve o meu anonimato,
embora me tenha mascarado uma única vez. De palhaço pobre, já lá vão mais de
trinta anos.
Juntámo-nos todos, na quinta de
uns amigos e na companhia de alguns familiares e amigos. Acabei por aceitar,
que eu não gosto de ser desmancha-prazeres nem devo “castigar” a família por
causa de um momento menos bom. Jantei bem, bebi melhor, conversei bastante, mas
continuo a dizer que o Carnaval é uma festa de loucos e não de gente deprimida.
Mas gostei da diversão, vista do lado de fora. E tinha uma vaca, uma libélula,
um palhaço, uma corsária de pernas ao léu, e até lhe disse “você merecia
ganhar”, mas não ganhou, o vencedor foi o par composto pelo Quim Roscas e o
Manel, estiveram impagáveis a noite toda, o Quim Roscas era a cara chapada do
original, o homem estava tal e qual, uma verdadeira surpresa.
Cheguei a casa por volta das quatro da manhã,
mas só adormeci já passava das seis. Havia demasiado merengue dentro da minha
cabeça. Mas foi uma boa escolha.
Félix Lamartine
Olá José Maria,
ResponderEliminarJá te disse uma vez que adoro ler você né?
Estou seguindo seus textos, e gosto de todos.
Continue escrevendo, te sigo lendo.
Bjsssss
Obrigado Isabel. Estou escrevendo mais para os amigos do que para mim mesmo. Mas também é uma maneira de ocupar a mente. Obrigado mais uma vez.
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